terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Uma Fase Conturbada

AMADURECER NÃO É UMA TAREFA FACÍL.

Não há quem nunca tenha passado por, pelo menos, alguma complicação na transiçãó da infância para a idade adulta. E, certamente, também não deve haver um responsável por um adolescente que não encontre dificuldade em lidar com situações decorrentes de tal fase.

Isto é até compreensível, já que surgem mudanças físicas e psicológicas na adolescência de uma forma um tanto abrupta. Mas o corpo se transforma e amadurece antes de se estar totalmente pronto para evoluir mentalmente. É hora de ter mais responsabilidade e aprender a tomar decisões visando não apanas o próprio bem estar, mas também o dos que estão ao redor, e o que é certo, o que é justo. A busca pela liberdade é uma das principais características desse período conturbado da vida. Os jovens querem demais viver intensamente, descobrir, se divertir, aproveitar cada oportunidade que lhes é concedida. Entretanto, acolhem o medo, a insegurança, as dúvidas e as oscilações. Os pais, mesmo já tendo vivido essa experiência, não entendem toda a rebeldia que ela envolve. É claro, não se pode afirmar que ambos os lados estejam errados, porque têm razões convictas para se portar de maneiras distintas diante dos conflitos e das circunstâncias.

Os adultos relutam em concordar com muitas das coisas que os adolescentes teimam em fazer, até porque, embora conheçam essa fase, são de outra geração. Os adolescentes hesitam em aceitar o que os adultos determinam, porque anseiam por ultrapassar os limites impostos e assim, crescer. O único jeito de cada um dos lados compreender o outro é através do diálogo constante, de um acordo entre as diferentes formas de ver o mundo.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Última Chance

AMANHECIA QUANDO O MENINO ACORDOU E ESFREGOU OS OLHOS.

Ele não sabia que aquele inverno devastaria mais do que as folhas do arvoredo...

- Depressa, Miguel, ninguém vai esperar por você mais uma vez! - bradou sua avó do corredor.

Ela sempre estava apressada e, mesmo quando não estava, fingia que estava para aparentar ter o que fazer. Mas, naquele dia, Dona Joana realmente tinha o que fazer: ia buscar a neta Sofia, prima de Miguel, na rodoviária. A menina passara os últimos três meses na casa do pai, em outro estado. Dona Joana tinha a guarda dela, assim como a do neto órfão. Era uma avó saudosa que não estava disposta a esperar pelo menino atrapalhado que sempre se atrasava.

Logo que Miguel saiu do quarto, percebeu que a avó acabara de bater a porta. Se arrumou rapidamente e correu na tentativa de alcançá-la. Ele jamais a alcançaria. Quatro garotos altos e fortes bloquearam seu caminho e o levaram para um beco.

- Dessa vez você não vai escapar! - gritou o líder dos garotos, acertando-lhe o estômago. Seguiram-se socos e chutes enquanto o perplexo garoto de doze anos gritava: Não! ; Não sou eu! ; Socorro! E os outros riam e falavam: Você merece, Chulé, seu dedo-duro imundo!, sem parar de espancá-lo.

A última coisa que ouviu foram os passos apressados de seus agressores. Ele ainda não admitia, em seus derradeiros momentos de angústia e dor, que estava em uma situação fatal e que aqueles eram, na verdade, seus assassinos.

Na primeira noite de inverno daquele ano, havia o corpo de um adolescente inocente em um beco da cidade. Um bom menino, confundido com outro muito parecido, e sua saudosa e desesperada avó chorando a morte dos netos desaparecidos sob a penumbra do arvoredo em sua casa.

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~ Essa é uma redação que eu escrevi para a escola há alguns anos. Como consiste em um conto, constatei que era válido adaptá-lo e postá-lo aqui. Tirem do desfecho a conclusão que quiserem.~

sábado, 12 de fevereiro de 2011

" Textando..."



Para começar, uma leve piadinha, dando duplo sentido a essa postagem piloto, já que se trata, simultaneamente, de um texto e de um teste... Tudo bem, não tem graça. Não me considero muito boa em se tratando de fazer humor, mas adoro rir e ouvir boas gargalhadas espontâneas.
Quando encontramos nosso lugar no mundo, quando entramos em nossos lares e sorrimos por estarmos ali, no nosso cantinho, aconchegados e acolhidos, uma sensação maravilhosa percorre nosso corpo e nossa alma: a alegria. A singela alegria de viver que nos impulsiona a não desistir, a ser forte, a amar e viver intensamente dia após dia, numa busca constante pela verdadeira felicidade. Porém, a vida não é um "mar de rosas" para ninguém. Não existe alguém que, seja por qual motivo for, grave ou irrisório, não tenha sofrido por algo... E quando sofremos, desejamos encontrar o nosso próprio refúgio, um lugar ideal para respirarmos fundo e nos reerguermos. Um lugar que nos leve novamente à obter a já mencionada "alegria de viver". Um lugar que nos enleve.
O meu propósito com este blog é transportar você, que o lê - talvez julgando quem eu seja ou o porquê de eu estar escrevendo isso -, para o seu refúgio. Tudo o que quero aqui é tornar o que irei postar (artigos, contos, resenhas ou seja lá o que meus devaneios já me levaram e sempre me levam a escrever ou transcrever, publicar ou republicar) passível de interesse.
Abra o alçapão. Puxe a escada e suba por ela. O teto é um pouco inclinado, há móveis, artefatos e papéis antigos e empoeirados, há objetos rejeitados ali dentro. Mas também há uma luminosidade cálida invadindo o pequeno sótão pela clarabóia e uma poltrona vermelha convidativa no canto oposto à entrada. Se quiser, pode sentar-se, ler, refletir, rir. Se gostar, escrever também é importante, pois expressar opiniões e deixar aflorar sentimentos faz acontecer uma outra sensação maravilhosa em nosso corpo e em nossa mente: a de liberdade.