Não há lugar melhor do que um refúgio para se inspirar. Simples assim.
Meu Pequeno Sótão
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Não há lugar melhor do que um refúgio para se inspirar. Simples assim.
domingo, 16 de setembro de 2012
Venha
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha
Que o que vem é perfeição (Legião Urbana)
Se a vida fosse perfeita e não tivéssemos que enfrentar os percalços aos quais ela nos submete, tudo seria muito monótono e a graça dos melhores momentos, reduzida. Como em todos os aspectos da existência humana, é necessário o equilíbrio para que as coisas fluam em plena harmonia. Entretanto, às vezes tudo ao nosso redor parece errado, distópico, nebuloso. Toda cor do nosso mundo, desbotada em um doentio tom de cinza. Nessas horas, o equilíbrio está distante e a única coisa que tem peso, voz e forma para se tangenciar cada vez mais é o sofrimento.
Quando nos deixamos submergir numa tristeza profunda é difícil ter forças para voltar à tona. Nós mesmos passamos a nos enxergar como pessoas tristes, que muito nos diferem daquelas cheias de vitalidade e esperança que éramos antes. A impressão é de que as sombras estão nos tragando, pois preferimos nos isolar no escuro para não transmitirmos a causticante angústia que nos acomete aos ingenuos portadores de alegria que nos cercam. Ingenuos porque não conheceram a dolorosa realidade que se faz presente em nossas vidas.
Eu passei por um período devastador este ano. Meses e meses imersa numa crise que parecia sem saída. E como se toda condição frustrante de pontadas de dor inacabável, noites mal dormidas, problemas gastrointestinais, fadiga exaustiva e dificuldade de concentração não fossem suficientes para aplacar meu sofrimento, não conseguia encontrar ânimo nem ao menos para fazer o que mais amo, como ler e escrever. É horrível não conseguir cumprir simples tarefas do cotidiano, mas não conseguir dar conta daquilo que move o âmago do nosso ser é muito pior. Terrivelmente sufocante.
A melhor parte disso tudo é que a máxima “depois da tempestade sempre vem a bonanza” se tornou mais que verdadeira para mim. Passada a pior de todas as crises, o gosto de tudo aparenta estar mais doce, os sentidos, mais apurados e as cores, mais cheias de vida. E não endureci como muitas pessoas endurecem depois de provar o sabor amargo que o destino às vezes reserva. Pelo contrário, continuo a mesma sonhadora que sempre fui, apenas amadureci minha convicção em valorizar ao máximo cada momento de felicidade e minha confiança na fé em dias melhores. Porque eles chegam. Só não podemos deixar nossos olhos embaçados demais para enxergá-los.
Essa semana estive em uma livraria, o ambiente comercial de que mais gosto entre todos. Ali, folheando diversos livros e absorvendo o agradável aroma que emanam, não percebi o tempo passar e somente depois, já longe, me dei conta de que a palavra “fibromialgia” – que de tão presente em minha vida não me sai da cabeça – não perscrustou minha mente nem por um instante nem demonstrou seus indícios pelo meu corpo enquanto me enveredava no aconchegante universo que brota das páginas lidas e divagava sobre ele.
Não é porque não estamos em condição de fazer algo, que antes era natural que fizéssemos, por determinado período – mesmo que esse período se prolongue indefinidamente –, que perdemos a capacidade de voltar a fazê-lo. Não, a capacidade está bem aqui, dentro de nós, guardadinha para voltar à ativa quando chegar a hora. É intrínseca ao que somos, por isso está tão arraigada. O fato de eu estar escrevendo essas palavras para você, que as lê, não podia ser prova maior.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
L'Aubade Subite | A Alvorada Repentina
L’aube du jour se précipite O alvorecer se precipita
Tout paraît vertigineux Tudo parece vertiginos Quelques couleurs se cachent Algumas cores somem D' autres deviennent plus vécues Outras se tornam mais vívidas Apercevoir, c'est difficile Enxergar é difícilMais la vision s'y habitue Mas a visão se acostuma Et tout est transformé subitement E tudo é transformado de repente Ou prend longtemps pour l'être Ou demora demais para ser
sábado, 5 de março de 2011
Ele leu, gostou e recomenda: "O Simbolo Perdido", de Dan Brown
Ao longo do breve período de existência que o homem possui no fantástico planeta Terra, desafios são lhe lançados e sua particular capacidade de raciocinar torna-se cada vez mais aguçada. Novos conhecimentos surgem para aqueles que o procuram, mostrando ser o elemento fundamental para sua evolução mental. Com as palavras de Dan Brown no magnífico livro “O Símbolo Perdido”, o poder do conhecimento torna-se alcançável e se reflete em palavras muito bem elaboradas e organizadas em uma história empolgante, proporcionando ao leitor um passeio inesquecível pelas vielas da sabedoria.
Ao lermos o “O Símbolo Perdido”, podemos afirmar que um gênio o escreveu. A ciência noética, a teoria das supercordas e o poder da mente sobre o mundo físico são assuntos abordados no livro que nos instigam de maneira intensa. Além de aprendermos muito com eles, embarcamos nos mistérios da maçonaria, incluindo os cultos sagrados presentes nela.
Dan Brown faz uma mistura mágica entre suspense, ação e inteligência. O resultado se chama “O Símbolo Perdido”, que é, sem sombra de dúvida, uma obra marcante para os dias de hoje e um grande legado para a literatura mundial. Como o autor mesmo disse: “Viver num mundo sem tomar consciência do significado do mundo é como vagar por uma imensa biblioteca sem tocar os livros.”
Resenhado por Pedro Rocha.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Uma Fase Conturbada
AMADURECER NÃO É UMA TAREFA FACÍL.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
A Última Chance
AMANHECIA QUANDO O MENINO ACORDOU E ESFREGOU OS OLHOS.
Ele não sabia que aquele inverno devastaria mais do que as folhas do arvoredo...
- Depressa, Miguel, ninguém vai esperar por você mais uma vez! - bradou sua avó do corredor.
Ela sempre estava apressada e, mesmo quando não estava, fingia que estava para aparentar ter o que fazer. Mas, naquele dia, Dona Joana realmente tinha o que fazer: ia buscar a neta Sofia, prima de Miguel, na rodoviária. A menina passara os últimos três meses na casa do pai, em outro estado. Dona Joana tinha a guarda dela, assim como a do neto órfão. Era uma avó saudosa que não estava disposta a esperar pelo menino atrapalhado que sempre se atrasava.
Logo que Miguel saiu do quarto, percebeu que a avó acabara de bater a porta. Se arrumou rapidamente e correu na tentativa de alcançá-la. Ele jamais a alcançaria. Quatro garotos altos e fortes bloquearam seu caminho e o levaram para um beco.
- Dessa vez você não vai escapar! - gritou o líder dos garotos, acertando-lhe o estômago. Seguiram-se socos e chutes enquanto o perplexo garoto de doze anos gritava: Não! ; Não sou eu! ; Socorro! E os outros riam e falavam: Você merece, Chulé, seu dedo-duro imundo!, sem parar de espancá-lo.
A última coisa que ouviu foram os passos apressados de seus agressores. Ele ainda não admitia, em seus derradeiros momentos de angústia e dor, que estava em uma situação fatal e que aqueles eram, na verdade, seus assassinos.
Na primeira noite de inverno daquele ano, havia o corpo de um adolescente inocente em um beco da cidade. Um bom menino, confundido com outro muito parecido, e sua saudosa e desesperada avó chorando a morte dos netos desaparecidos sob a penumbra do arvoredo em sua casa.
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~ Essa é uma redação que eu escrevi para a escola há alguns anos. Como consiste em um conto, constatei que era válido adaptá-lo e postá-lo aqui. Tirem do desfecho a conclusão que quiserem.~